VIA CRUCIS
Lairton Trovão de Andrade
Eu te vi, um dia,
chorando na rua,
com alma partida,
de esperança nua;
eu te vi morrendo
- negra solidão! -
E não vi ninguém
pra te dar a mão.
Eu pude sentir
o teu sofrimento,
triste e abandonado
- longo esquecimento;
eras pusilânime
na tua grande dor
e ninguém, por ti,
teve algum amor.
Parecia mesmo
que o teu nascimento
"fora passaporte
para o sofrimento".
Dissera o destino:
- Terás vida escrava!
E cumpriu-se à risca
aquela palavra.
Mas o teu calvário
vai se desfazer:
Ressuscitarás,
terás novo ser.
vencerás a morte
com força serena;
Hás de ser feliz,
terás vida plena.
Levanta a cabeça,
contempla o horizonte,
transporás o vale,
galgarás o monte.
E tantos covardes
verão tua glória,
vencendo o destino,
cantando vitória.
Lairton Trovão de Andrade
Eu te vi, um dia,
chorando na rua,
com alma partida,
de esperança nua;
eu te vi morrendo
- negra solidão! -
E não vi ninguém
pra te dar a mão.
Eu pude sentir
o teu sofrimento,
triste e abandonado
- longo esquecimento;
eras pusilânime
na tua grande dor
e ninguém, por ti,
teve algum amor.
Parecia mesmo
que o teu nascimento
"fora passaporte
para o sofrimento".
Dissera o destino:
- Terás vida escrava!
E cumpriu-se à risca
aquela palavra.
Mas o teu calvário
vai se desfazer:
Ressuscitarás,
terás novo ser.
vencerás a morte
com força serena;
Hás de ser feliz,
terás vida plena.
Levanta a cabeça,
contempla o horizonte,
transporás o vale,
galgarás o monte.
E tantos covardes
verão tua glória,
vencendo o destino,
cantando vitória.