SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO

SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO 
Lairton Trovão de Andrade

Ó São Sebastião do Rio de Janeiro, 
Por entre morros surgiste,  
Sorrindo para o azul do mar!   
Por teus encantos mil,
tornaste fantástica         
e Maravilhosa Cidade!

E, em fevereiro,
vejo-te com o brilho intenso
dos teus lendários carnavais
repletos de histórias e alegorias,
semeando vida nas alegrias,
como elixir de força
ao sorridente ano inteiro!

São Sebastião do Rio de Janeiro,
Rio do meu Amor,
Rio de fevereiro, março
abril e maio!
Cidade do grito seresteiro,
da arte do futebol:
Flamengo, Fluminense,
Vasco, Botafogo
e o templo do Maracanã,
lendário palco brasileiro!

Louvo-te, hoje,
Cidade da Guanabara,
sob o cintilar do Cruzeiro do Sul
e as bênçãos de são Sebastião!

Levanta, pois, a cabeça magnífica,
sorri para tua gente,
recebe abraços de transeuntes e,
com os braços abertos do Cristo Redentor,
abraça também, solidária,
os irmãos de Estácio, de João, de Pedro!
Abraça o mundo todo,
nos dias festivos
de São Sebastião do Rio de Janeiro.   

MINHA MUSA

 

 MINHA MUSA
Lairton Trovão de Andrade

"O teu nome é como um perfume
      derramado." (Ct.1.3)

Com quanta emoção,
Eu louvo-te, ó musa,
Porque estás infusa
Na minha oblação.

A voz que se ouvir
- Deleite diovino -
Da musa é violino
Em verso a fluir.

Oh, musa! Oh, vida!
- Romance e poesia -
És âncora e guia
De uma alma florida.

Quisera louvar-te,
Ó deusa do amor,
Com grande fulgor
E o máximo de arte.

Meus versos são flores,
- O amor é eterno,
Calor no inverno
- Arrimo nas dores.

Poemas veu fiz,
Sem-par melodias,
À musa as poesias
E assim sou feliz.

QUANTA AUSÊNCIA

 

 QUANTA AUSÊNCIA
Lairton Trovão de Andrade

Quanta estrela sem luz!
Quanta luz sem olhos!
Quantos olhos sem lágrima!
Quanta lágrima sem esperança!
Quanta esperança sem sabedoria!
Quanta sabedoria sem gênio!
Quanto gênio sem escola!
Quanta escola sem pedagogia!
Quanta pedagogia sem vida!
Quanta vida sem alma!
Quanta alma sem espírito!
Quanto espírito sem liberdade!
Quanta liberdade sem destino!
Quanto destino sem razão!
Quanta razão sem juízo!
Quanto juízo sem predicado!
Quanto predicado sem valor!
Quanto valor sem utilidade!
Quanta utilidade sem dimensão!
Quanta dimensão sem conhecimento!
Quanto conhecimento sem Deus!
Quanto conhecimento... sem Deus!

UTOPIA

UTOPIA
Lairton Trovão de Andrade

Gostaria muito
Que meus poemas
Fossem espelhos mágicos,
Capazes de transformar
E ressuscitar mortos
Que perambulam
Pelas veredas da vida.

Quão feliz seria eu
Se, dos meus poemas,
Emanassem paz,
Felicidade e harmonia
Às pessoas infelizes.

Que bom,
Se meus poemas
Fossem bálsamos suaves
Que acariciassem as almas
Do mundo inteiro!

Ah, se meus poemas servissem
Para mostrar novos caminhos,
Para melhorar corações,
Para rejuvenescer espÍritos
Que, tão precoces,
Já se envelhereram!..

Então,
Eu também teria imensa chance
De crescer no meu ânimo interior,
Diante da nobreza da vida
E da razão maior da existência!

Oxalá!
Meu ideal não fosse
Mera presunção,
E meu sonho, pálida miragem!
Ah!
Se eu pudesse gravar
REALIZAÇÃO,
ao invés de UTOPIA.

AMOR IMPOSSÍVEL

AMOR IMPOSSÍVEL
Lairton Trovão de Andrade

Ah,  sensível coração,
Que não tem insensatez,
Seu viver – doce paixão –
Grande amor sente outra vez.

 O caminho está aberto,
Coração também tem lei;
Ele bem sabe o que é certo
E o que é certo também sei!

Não há amor impossível,
Ele vive a te buscar;
Não senti-lo é coisa horrível,
Deixa o amor te homenagear!

“É eterno enquanto dura”,
O Poeta nos dirá.
Mas, enquanto houver a jura,
Eterno o amor ficará.

VERÃO

VERÃO
Lairton Trovão de Andrade

Brilhou 23 de dezembro,
Surgiu a melhor estação;
De todas as fases do ano,
A mais esperada é o verão.

É o fim do período escolar,
Saltitam crianças em férias;
Adeus aos cadernos e livros,
Adeus às posturas mais séria!

É tempo de muita alegria
Ao sul deste extenso equador;
Quem pode passeia na praia,
Onde é delicioso o calor.

Verão é de fé e oração,
Santa atitude coloquial,
Feliz está toda família,
No dia de paz do Natal.

Tempo de calor é o verão
Que faz alegria do povo;
Nos meses dos grandes festejos,
Espera-se o bom Ano Novo.

E, para muitos foliões,
O verão tem marco anual;
Sonham, afoitos, dançarinos
Com as folias de carnaval.

Mas, esta estação ao findar,
Repleta de luz e calor,
Revive, com fé e esperança,
A paz, a unidade e o amor.
 

EMOÇÃO

 EMOÇÃO
Lairton Trovão de Andrade

Que doce emoção
Invade o meu ser,
Ao ver o teu rosto,
De puros encantos...
Olhar de paixão,
Sorriso mais lindo,
Amor em suspiros,
Beleza sem par...
É flor em botão,
Aroma dos deuses
Que faz-me calar
Com tanta emoção...

O DOM DO CONSELHO

 

 O DOM  DO CONSELHO
Lairton Trovão de Andrade

Todo divino conselho
tem sapiência e afeto;
como num místico espelho,
com amor, mostra o que é reto.

Ao corrigir trilho insano,
o Conselho, dom divino,
aprimora o ser humano
nas Leis de um Deus Uno e Trino.

São os sete dons divinos
raízes de fortaleza,
que dão força aos peregrinos
no caminhar com firmeza.

O Conselho, quando é dom,
é ato de caridade:
Ajuda o amigo ser bom
e útil à Comunidade.