"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O TELEFONE




O TELEFONE
Lairton Trovão de Andrade

" Vou levantar-me e percorrer
 a cidade." (Ct.3.2)

Naquela noite estava angustiado,
Queria ouvi-la no telefone;
Meu coração tão inconformado,
Olhava atendo o calado fone.

"Corre, ponteiro! Silêncio, passa!"
Silêncio aquele me perturbava;
Eu pressentia perder a graça,
Ao ver minh'alma que soluçava.

Era soluço com dor silente,
Queria tanto meu bem distante;
Aquela dor torturava a mente,
Enlouquecendo-me num  só instante.

Estava assim a entregar-me à dor,
Pra mim dizia: "Que infeliz eu sou!
Está bem longe o meu doce amor!"
Foi quando, enfim, o fone tocou...

Falou-me tanto - doce paixão!
Que foi difícil dizer o adeus:
-"Tchau, meu amor, foi dizendo, então,
"Um beijo, um beijo!.. Fique com Deus!"

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