"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

sábado, 21 de setembro de 2013

DOCE PRIMAVERA


DOCE PRIMAVERA
Lairton Trovão de Andrade

Rejubila a primavera,
brilham mil milhões de flores;
extasia-se a atmosfera
com deliciosos odores.

A primavera é sorriso,
é sonho feito de flores,
alegria e paraíso,
onde renascem amores.

Em meio às cores e luz,
já não vejo atrocidade;
a esperança que me induz
tem cor de felicidade.

Nesta estação delirante,
eu sinto sua alma arder;
esse amor aconchegante
é razão para eu viver.

Que seja sempre você
minha eterna primavera!
Será o melhor buquê
que, à minha vida, provera.

Como doce primavera,
que Deus a conserve em flor!
Formosa assim (quem me dera!)
sempre serás grande amor!

VERSOS MORTOS


VERSOS MORTOS
Lairton Trovão de Andrade

Aqueles versos que eram brancos,
Feitos de salmos e saudades,
Ficaram murchos, sem encantos.

O poema, onde escrevi
"Lírios são hinos de aventura",
Não teve ais de frenesi.

A indiferença que eu sofrera
Razões não teve pra sonhar!
(Joguei meus versos na lixeira).

domingo, 15 de setembro de 2013

ESTRELA D'ALVA


 ESTRELA D´ALVA
Lairton Trovão de Andrade

O amor é sem fronteira,
Diz sempre o coração;
Fragrâncias seresteiras
- O amor é uma canção.

Mil dias são passados,
Momentos definidos;
No amor somos regados,
No amor fomos unidos.

E quando, em solidão,
Eu busco a luz que salva,
Contemplo na amplidão
A minha Estrela d´Alva.

Formosa é minha Estrela,
Igual não há no céu:
Eu quero sempre vê-la
Daqui do meu vergel.

Qual chama de uma vela,
Sou eu sempre  a queimar;
Se não sonhar com ela,
Vou logo me apagar.

O olhar de quem me salva
Eu quero sempre ter;
Ó doce Estrela d'Alva,
Por ti vale o sofrer!

É eterna em pensamento
A estrela em seu brilhar;
Mil preces - doce alento -
Nas ondas deste mar.

HINO DO PORTAL CEN


HINO DO PORTAL CEN
Lairton Trovão de Andrade

Soberano Portal da cultura,
Luminoso jardim do saber,
Teus autores te elevam na altura
Por lhes dar mil razões de viver!


ESTRIBILHO

Salve, nobre Portal CEN,
Poderosa é tua voz!
Mais que ti não há ninguém,
Salve, “CÁ ESTAMOS NÓS”!


II

E qual pombo-correio eletrônico,
Voas tanto os febris continentes;
Tens vibrante vigor, sempre harmônico,
Com notícias saudáveis presentes.


III

Dás guarida aos humildes artistas,
Hás de ter duração milenar
Por teus gestos de amor altruístas.
O teu seio é Mecenas sem-par,


IV

És a Ponte eficaz Literária,
Há um só corpo Brasil-Portugal,
É real esta união solidária,
–“CÁ ESTAMOS NÓS” – Grande Portal!


V

Irmanados vivemos felizes,
Pois família formamos também;
Os riquíssimos tons dos matizes
Enobrecem a glória do CEN.

 12.03.2007

domingo, 1 de setembro de 2013

ASA-BRANCA


ASA-BRANCA
Lairton Trovão de Andrade

"Em nossa terra já se ouve
a voz da pomba."
               (CT.2.12)

 

Asa-branca do sertão,
Foste, um dia, aprisionada,
Impiamente lacerada,
Por abutre sanguinário;
Teu encanto fora em vão,
Tua meiguice deprimiu-se,
Teu espírito extinguiu-se,
- Este abutre é funerário.

A tristeza a dor suscita,
A campina chora a flor,
É saudade de um odor
Que se esvai em crime bárbaro.
Asa-branca, ressuscita!
Onde estás, ó ave rara?
Vem trazer doçura cara!
- Este abutre é sangue tártaro.

Asa-branca depenada,
-Que tragédia tenebrosa!
Esta garra criminosa
Faz do cão vil animal.
Tua candura - avermelhada...
Como é triste a tua face!
A vergonha é teu impasse!
- Este abutre é irracional.

Asa-branca, ressuscita!
Por ti chora a cachoeira,
Vê: Murchou a quaresmeira
Nas encostas dessas águas;
Até a pobre parasita
Abre os braços com ternura,
Esperando a rola pura
Vir calar as suas mágoas.

 

DÁDIVA DE AMOR


DÁDIVA DE AMOR
Lairton Trovão de Andrade

"O perfume das tuas vestes
é como o pefume do Líbano".
           (Ct. 4.11)
 

Pra você, meu amor, mais este dia...
Que ele seja repleto de poesia...
Da primavera dou-lhe seu sorrir
E dos jardins, canteiros a florir.

Pra você, meu amor, todo perfume...
A mais brilhante estrela dou-lhe o lume;
Os seus pés, com carinho, quero pôr
Tudo o que vá lhe dar muito louvor.

É certo que das flores a fragrância
É menor que o aroma da elegância
De você recendendo, sem cessar,
Enchendo de perfume todo o ar.

O brilho, eu bem sei, do seu olhar
É capaz de uma estrela ofuscar;
Mas o que lhe ofereço, com ardor,
É tão somente amor e mais amor.

SONHO DOURADO


 SONHO DOURADO
Lairton Trovão de Andrade

Ah! fui eu, fui eu somente
Que cheio de ilusão contente,
Criei o seu mais lindo sonho.
- Era sonho dourado de amor.
Mas, um dia, você se acordou
E o sonho dourado se acabou...

Ah! sou eu, sou eu somente,
Quem chora, agora, reticente...

AMOR MAIOR NÃO HÁ


AMOR MAIOR NÃO HÁ
Lairton Trovão de Andrade

"Ninguém tem maior amor do que aquele
que dá a sua vida por seus amigos". "
           Jo. 15,13)


Não há amor maior, não há, não há,
O que aquele que, em mil anos, se dá:
Não vê no mundo nada a desejar,
Além do bem do espírito pra amar.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos, se dá:
Sem egoísmo algum no coração,
Cede de graça amor sem rejeição.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos, se dá:
Para a felicidade vir a alguém,
Doa a camisa... e até o que não tem.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos, se dá:
Em sacrifício, vive até morrer,
Pra que então possa alguém sobreviver.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos, se dá:
Procura dar conforto para alguém,
Mesmo que viva sempre sem ninguém;.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos, se dá:
Suplica aos céus, com força, em oração...
E transforma o inimigo em novo irmão.

Não há amor maior, não há, não há,
Do que aquele que, em mil anos se dá:
Lava as chagas do irmão - seca seu pranto -
Pra converter-se, um dia, em mais um santo.