"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

domingo, 17 de novembro de 2013

NA JANELA



NA JANELA
Lairton Trovão de Andrade

"Tuas faces são graciosas
entre os brincos" (Ct. 1.10).

Formosa e atraente naquela janela,
Perfumes de amor exalavas sem fim;
De novo, da esquina, em belíssima tela,
Quisera rever o que vive por mim.

Daquela sombria e apática esquina,
Eu vi a velha casa espargindo jasmim;
O rosto de encantos de meiga menina
De amor acendeu-se - brilhava pra mim.

E longe te vi, lá naquela janela,
Meu ser, por inteiro, vibrou de alegria;
De ver tanto amor na tua face tão bela,
Senti que feliz eu contigo seria.

Assim, ao te ver, calorosa quão linda,
Não pude conter da emoção o pulsar;
Correndo apressado, queria eu, ainda,
No fogo do teu coração me abrasar.

Na sala adentrei-me, onde estavas sorrindo,
Teus olhos brilhavam com grande emoção;
- Macios cabelos!.. Que rosto tão lindo!..
Beijando, abracei-te com muita paixão.


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