MENINO POBRE
Lairton Trovão de Andrade
O que vê o menino pobre,
Ao contemplar seu brinquedo
– Um carrinho, antes nobre –
De algum dia de folguedo?
É carrinho de criança,
Agora sujo, sem roda,
Que deixou toda esperança
De, sorrindo, andar na moda.
Olhando para o carrinho,
O bom menino nem chora.
É feliz pelo carinho
Da pobre mãe que o adora.
Humilde é sua casinha,
O ambiente é familiar.
Sempre a alegria avizinha
Do calor de um doce lar.
Em sua infância nem vê
Que há tantos sonhos quebrados!
Dizem jornais que se lê:
Quantos sorrisos roubados!
Por esta infância tão dura,
Que será do seu porvir?
Hoje, com sua alma pura,
A pobreza o vê sorrir.
Como será seu futuro
Neste país de apreensão?
Vê-se aqui tanto perjuro,
Tanta injúria e corrupção.
Sem tanta oportunidade
De algum emprego decente,
Esvai-se a felicidade
Numa terra inconseqüente.
A Pátria é cheia de dor,
E dor sem nenhum mistério...
Neste mundo há enganador
Até lá no Ministério!
Mas n´alma desta criança,
Mesmo que a pobreza a sagre,
Há chance, há muita esperança,
Ainda que por milagre!
Lairton Trovão de Andrade
O que vê o menino pobre,
Ao contemplar seu brinquedo
– Um carrinho, antes nobre –
De algum dia de folguedo?
É carrinho de criança,
Agora sujo, sem roda,
Que deixou toda esperança
De, sorrindo, andar na moda.
Olhando para o carrinho,
O bom menino nem chora.
É feliz pelo carinho
Da pobre mãe que o adora.
Humilde é sua casinha,
O ambiente é familiar.
Sempre a alegria avizinha
Do calor de um doce lar.
Em sua infância nem vê
Que há tantos sonhos quebrados!
Dizem jornais que se lê:
Quantos sorrisos roubados!
Por esta infância tão dura,
Que será do seu porvir?
Hoje, com sua alma pura,
A pobreza o vê sorrir.
Como será seu futuro
Neste país de apreensão?
Vê-se aqui tanto perjuro,
Tanta injúria e corrupção.
Sem tanta oportunidade
De algum emprego decente,
Esvai-se a felicidade
Numa terra inconseqüente.
A Pátria é cheia de dor,
E dor sem nenhum mistério...
Neste mundo há enganador
Até lá no Ministério!
Mas n´alma desta criança,
Mesmo que a pobreza a sagre,
Há chance, há muita esperança,
Ainda que por milagre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário