"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O DOM DA ESCOLHA


 O  DOM DA ESCOLHA
Lairton Trovão  de Andrade
 
Como que num espelho,
A inteligência contempla
Os pendores do livre-arbítrio,
Dom da liberdade humana,
Que se manifesta como sendo
Frente e verso, direito e avesso,
– Dom da escolha –
Terrível faca de dois gumes...

Oh, Liberdade,
Que circunstancialmente, lembra:
A mão que afaga, sendo a mesma que bate,
A língua que reza, sendo a mesma  que ofende,
A voz que aplaude,  a mesma que apupa,
Os lábios que beijam, os mesmos que manifestam ódio...

Oh, Poder de Escolha!
Oh, Liberdade,
Que nos leva à direita ou à esquerda,
Que nos faz avançar ou regredir,
Que nos faz felizes ou infelizes.

Por esse Poder divino,
Tão  humano nos homens e mulheres,
Chegaremos ao amor ou desamor,
À conquista ou à derrota,
Ao bem ou ao mal,
À vida ou à morte..

Deus nos criara livres,
Mas essa liberdade nos custa caro,
Pois somos cúmplices dos nossos atos:
Se fizermos o bem, seremos recompensados,
Se fizermos o mal, sem dúvida, punidos.

Punidos pelo remorso da consciência,
Ou pelo prejuízo da inimizade,
Ou pelo desprezo dos semelhantes,
Ou pela inclemência da doença,
Ou pela rejeição da natureza,
Ou pela lei dos homens,
Ou pela Justiça Divina.

Os caminhos são dois,
O da esquerda e o da direita.
Seremos, porém, felizes
Se tomarmos o Caminho Perfeito.
E, na estação final,
Aclamaremos, com certeza, assim:
“Bendito seja, ó divino,
Mas tão humano,
Dom da Escolha”!

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