"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A TEMPESTADE


A TEMPESTADE
Lairton Trovão de Andrade

A tempestade bramindo...
Por sobre a terra o tufão;
São nuvens negras caindo,
Com perigo a povoação.

Relâmpagos rancorosos,
Terríveis raios no céu,
Ciclones vertiginosos
Parecem pôr tudo ao léu.

A água caindo é horror,
A mata freme assustada,
No homem entra o pavor,
A santa reza calada.

É furacão endiabrado
Que mói telhado no chão;
O mundo fica agoniado
- Dilúvio no ribeirão.

Urram as nuvens lá fora,
A vida fica cinzenta;
O crente pra Deus implora,
Já nem mais há palha benta.

"Deus nos livre da procela,
Que lança tudo pro ar,
Faz machão virar donzela
E o pobre do ateu, rezar".
 

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