"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

sábado, 25 de agosto de 2012

JURAS À SAUDADE


 JURAS À SAUDADE
Lairton Trovão de Andrade

Se me visse em solidão,
Sem, do futuro, visão,
De todo amigo, esquecido,
Ausente de um puro amor,
Sozinho, curtindo a dor,
Sentir-me-ia  perdido.

Neste mundo, abandonado,
Das minhas vozes, calado,
Numa tristeza sem fim,
Queria ter esperança,
Talvez, sonho de criança,
A nascer  dentro de mim.

Na fria penumbra, o ermo
Seria ponto de um termo
De um coração tão sofrido;
O fim da calamidade
Somente  a doce saudade,
De quem seria eu querido.

Sem medo, meiga rainha,
Carinho desta alma minha,
Juras de fidelidade,
Teria uma companheira,
Que me fosse toda inteira,
Que tem nome de SAUDADE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário