"Literatura que não contribui
com o aperfeiçoamento do ser
humano é perversa ou inútil".

domingo, 16 de setembro de 2012

BRILHO DA QUIMERA


 BRILHO DA QUIMERA
Lairton Trovão de Andrade

Você partiu em busca d´outro reino,
Felicidade vã lhe estava à espera;
Abandonou o futuro certo à morte
E abraçou forte o brilho da quimera.

Partiu, com obsessão, para a conquista,
Como outrora os altivos bandeirantes;
Mas nenhum ouro quis seu coração,
Quis só paixão que valha diamantes.

Esmeraldas! – Sonhava Fernão Dias...
Borba Gato, o ouro! – o ouro das Gerais...
Dias Moréia, as minas de prata...
Mas sina ingrata deu-lhes tristes ais.

Borba Gato escondeu-se da Justiça...
Fernão morreu só co´a ilusão que fica...
Dias Moréia ainda se viu pobre,
Sem prata ou cobre – sua mina era mica.

Tais são as cores deste mundo fútil,
Assim é o coração tão venturoso;
Não avalia o bem em céu aberto
E deixa o certo pelo duvidoso.

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