ELA
Lairton Trovão de Andrade
Quando num espelho simplesmente olho
E contemplo um fruto de tão linda vargem,
Penso na senhora que há tempo adoro,
De quem gostaria de ver a imagem.
A minha alma jovem, coração filial,
Com saudade, ainda, muitas vezes sente
Os teus leves passos - andar maternal,
Que se aproximava do meu leito quente.
Vinhas de manhã, ó minha mãe querida,
Com a saudação de um maternal sorrir;
Talvez era ledo sonho desta vida,
- O teu testemunho certo do porvir.
Passaram-se verdes e inocentes anos,
Alcancei viver a nona primavera;
De ti me acerquei e te contei meus planos
E feri o amor que no teu seio gera.
Morreram os meses que no nada estão,
Aos amados vindo... acheguei-me a ti,
Sentido inclinei-me e te osculei a mão,
Beijei tua face e, chorando, parti.
Já no despontar da minha vida a aurora,
Sem levar em conta esta separação,
Lês em mim com alma que festiva chora:
"Mãe, sou coronária do teu coração".
Agora compreendo porque muito me amas
- Porque sou semente do teu próprio ser;
Como a luz do Sol de calorosas chamas,
Tu a mim aqueces com o teu viver.
O filho que tens, com especial carinho,
Beijando tua fronte que tão longe mora,
Vem pedir-te, agora, a bênção bem baixinho,
Deixando a tua alma que saudosa chora.
Lairton Trovão de Andrade
Quando num espelho simplesmente olho
E contemplo um fruto de tão linda vargem,
Penso na senhora que há tempo adoro,
De quem gostaria de ver a imagem.
A minha alma jovem, coração filial,
Com saudade, ainda, muitas vezes sente
Os teus leves passos - andar maternal,
Que se aproximava do meu leito quente.
Vinhas de manhã, ó minha mãe querida,
Com a saudação de um maternal sorrir;
Talvez era ledo sonho desta vida,
- O teu testemunho certo do porvir.
Passaram-se verdes e inocentes anos,
Alcancei viver a nona primavera;
De ti me acerquei e te contei meus planos
E feri o amor que no teu seio gera.
Morreram os meses que no nada estão,
Aos amados vindo... acheguei-me a ti,
Sentido inclinei-me e te osculei a mão,
Beijei tua face e, chorando, parti.
Já no despontar da minha vida a aurora,
Sem levar em conta esta separação,
Lês em mim com alma que festiva chora:
"Mãe, sou coronária do teu coração".
Agora compreendo porque muito me amas
- Porque sou semente do teu próprio ser;
Como a luz do Sol de calorosas chamas,
Tu a mim aqueces com o teu viver.
O filho que tens, com especial carinho,
Beijando tua fronte que tão longe mora,
Vem pedir-te, agora, a bênção bem baixinho,
Deixando a tua alma que saudosa chora.
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